segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Enquanto isso...

Taca a mãe pra ver se quica

Dr Silvana e Cia



O mundo anda muito louco 
Nada mais me espanta, nada mais me espanta 
Se eu te contar essa estória 
O cabelo levanta, o cabelo levanta

Tacaram uma pedra no meu telhado 
Não sei qual é o vizinho que comigo implica 
Olhei lá pra cima, muito irritado 
E disse taca a tua mãe pra ver se quica

Taca a mãe pra ver se quica 
Taca a tua mãe pra ver se quica 
Taca a mãe pra ver se quica 
Taca a mãe também!

De repente eu escutei um berro 
Uma velha gritando, uma velha gritando 
Agarrada a porta da janela 
E alguém a empurrando, alguém a empurrando

A velha aterrisou no meio da sala 
Te juro, por milagre não empacotou 
Com medo do incidente fui fazer minha mala 
E te confesso a velha não quicou!

Taca a mãe pra ver se quica 

Taca a tua mãe pra ver se quica

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lula, Dilma, Nietszche e outros grandes pensadores

Lula matou Nietszche! E matou Marx, e matou mais um monte de filósofos e grandes pensadores, que se eu fosse citar todos, nem caberia neste post. Como foi? Eu lhes digo: devagarzinho...do bom-jeito malandro, como se fazem as coisas por aqui! "Eu não sei de nada"...e levou-se no bico... como o velho título "E o vento levou"...
Agora, continuará. Se fosse mesmo um filme, seria alguma coisa como "Guerra nas estrelas (eu sou seu pai...)". Dilma deve distribuir os cargos para os 18 primeiros meses de seu mandato ainda no dia de hoje...quem será, hein?!
Comentários à parte, continuo com saudades de um bom partido político. Daqueles com militância, com ideologia, com motivos para existir, e isso não era coisa só de nome não. Por exemplo: partido azul, mas que gosta do rosa, não deveria chamar partido azul...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Discórdia do Trem "Bala"

De Campinas, no interior de São Paulo, até a capital fluminense, o primeiro trem de alta velocidade (TAV) do País vai cortar 38 municípios numa grande trilha de 511 quilômetros (km) de extensão. No meio do caminho, vai atravessar - e modificar - paisagens exuberantes, reservas ambientais, condomínios de luxo, prédios públicos e comunidades carentes. Vai encontrar também moradores confusos, agricultores assustados e prefeitos descontentes com o traçado, dispostos a tudo para evitar os estragos que o projeto pode trazer ou para abrigar uma estação da ferrovia - forma de compensar os prejuízos.
Com o trajeto referencial (que servirá de base para os consórcios) em mãos, a reportagem do Estado percorreu todas as cidades atingidas pelo projeto, cujo processo de licitação vai começar no dia 29 e terminar em 16 de dezembro, se o governo federal não decidir adiar o leilão. O ponto de partida do poderoso trem-bala, que alcançará até 350 km por hora, será praticamente ao lado da imponente Estação Ferroviária de Campinas, que protagonizou os anos dourados do transporte de passageiro sobre trilhos no Brasil. O local foi entroncamento de diversas ferrovias, como a Paulista, Mogiana, Sorocabana e Ramal Férreo Campineiro. Hoje o prédio, de 1884, abriga a Estação Cultura (Secretaria Municipal de Cultura).
Em Campinas, o trem não causará grandes transtornos. Ele vai acompanhar o traçado da antiga linha da Fepasa até o trevo da empresa Bosch. Dali passará pelo Aeroporto de Viracopos, onde haverá uma estação ferroviária. Depois atravessará uma área invadida, bastante precária, e chegará a Itupeva, onde começa a incomodar. O traçado do trem passa em cima do loteamento da Fazenda da Grama, uma área nobre onde está sendo construído um condomínio de luxo, diz o diretor de Obras do município, Francisco Adolfo de Arruda Fanchini.
Pelo mapa referencial, a portaria e uma das mansões já construídas teriam de ser desapropriadas. Detalhe: um terreno no condomínio custa em torno de R$ 500 mil. Para completar o pacote, o trem tornará inviável o projeto de construção de um campo de golfe na cidade, cujo terreno já foi comprado por quase R$ 1 milhão, e atinge diretamente uma área industrial. A prefeitura já propôs dois novos traçados para evitar os prejuízos. Quem não vai gostar muito é o município vizinho.
"Sugerimos que o trem cruze a Rodovia dos Bandeirantes, passe pela cidade de Vinhedo, onde não tem áreas ocupadas, e vá para Viracopos. Na outra alternativa, a sugestão é fazer esse traçado e incluir uma parada para atender a região dos parques (Hopi Hari, Wet"n Wild e o Outlet Premium). Do jeito que está não trará benefício nenhum para os moradores daqui."
Em Caieiras, a 35 km da capital paulista, o TAV vai encontrar um prefeito em pânico com o empreendimento. "A linha vai passar dentro do centro nervoso da cidade, que já convive com uma linha da CPTM", afirma Roberto Hamamoto. A convite do prefeito de Jundiaí, ele participou da audiência pública realizada na região com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre o projeto.
Para sua surpresa, Hamamoto descobriu que o trem não apenas vai dividir a cidade como vai passar em cima da nova sede da prefeitura, em construção desde 2008 numa área de 6 mil metros quadrados. Os estragos não param por aí: o traçado atinge também um hospital, uma escola e a delegacia da cidade, além de imóveis de baixa renda. "Minha preocupação é que o dinheiro que essa população mais pobre vai receber por suas residências (de baixa renda) não dê para comprar outro imóvel na região. Para onde essas pessoas vão?"
A sugestão do prefeito é que o trem seja subterrâneo, como vai ocorrer em São Paulo e Guarulhos. Nas duas cidades, que terão paradas no Campo de Marte e no Aeroporto de Cumbica, a maioria dos 50 km de linhas será construída embaixo da terra. "As obras de superfície são mais baratas, mas há uma série de outras questões que têm de ser avaliadas na hora de fechar um projeto. Nos trechos de São Paulo e Rio, por exemplo, além da questão do som, há o perigo de ataques ao trem ao passar por áreas consideradas de maior risco", afirma o diretor do Departamento de Engenharia de Mobilidade e Logística do Instituto de Engenharia, Vernon Kohl.
Na avaliação dele, porém, o maior risco do projeto não está na engenharia, altamente capacitada para ultrapassar obstáculos. O principal problema é a questão ambiental, já que o trem vai passar por regiões complexas. É o caso, por exemplo, do município de Santa Isabel, a 57 km de São Paulo, onde 82% do território é considerado área de manancial.
"Qualquer obra na região precisa passar por rígido processo ambiental e nem sempre é aprovada", afirma a secretária de Governo e Coordenação, Maria Angela Sanches. Ela conta que o trem-bala vai atingir antigas pedreiras (concedida de acordo com regras ambientais antigas) que empregam um número grande de pessoas na cidade. Mas também vai cruzar o condomínio de luxo Aralu, deixando os moradores sem saída para as principais rodovias do Estado.
Em São José dos Campos, o foco da discórdia é o Banhado, cartão postal do município que vai virar área de proteção ambiental. Ali, o trem-bala vai circular por meio de pontes e atravessar o centro em um grande túnel. O local tem sido frequentemente visitado pelos estrangeiros, que estudam o TAV. "Os últimos a passarem por aqui foram os franceses", conta Seu Lino, um guardador de carros que acompanha todo o vaivém do local. Para compensar os impactos, São José dos Campos disputa com outros municípios do Vale do Paraíba a construção de uma estação. Na briga, estão Jacareí e Taubaté.
Enquanto isso, Aparecida já tem parada garantida. O traçado do trem, contudo, passa apenas nas cidades de Potim e Guaratinguetá. Uma das duas cidades receberá a estação, de onde será feito um ramal para a Basílica, um importante centro de peregrinação do País. Mas, se os comerciantes estão otimistas com o progresso que o empreendimento poderá trazer, os agricultores e pecuaristas não podem nem ouvir falar da passagem do trem. A região é uma importante produtora de arroz e de leite.
"Todos os dias chegam vários agricultores desesperados aqui em busca de informações sobre o trem, que vai passar em cima de suas propriedades", conta a secretária da Associação Agropecuária e Sindicato Rural de Guaratinguetá, Marcia Valença. "Já vi gente passar mal por causa desse projeto", diz ela, que também sentirá os efeitos da obra. O TAV passará ao lado de sua casa.
O trecho paulista do trem-bala termina na charmosa cidade de Queluz. No município, de 11 mil habitantes, o povo está pouco interessado se o trem-bala vai ou não passar pela cidade, que hoje é rasgada pela Rodovia Presidente Dutra. "Não vai mudar em nada nossa vida", diz Vicente Vale, morador da cidade. Isso até as obras começarem. 

Carga Tributária Brasil x BRICS

O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os Brics (grupo formato por Brasil, Rússia, Índia e China). O total de impostos, tributos e contribuições recolhidos no País é de 34% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20% e na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB. Os dados fazem parte do levantamento "Carga Tributária no Mundo - Um comparativo Brasil X Brics"
o problema não é o tamanho da carga tributária no Brasil, mas sim a qualidade do uso dos recursos arrecadados. Ainda assim, de acordo com o estudo, o Brasil leva alguma vantagem sobre seus parceiros do BRIC, tanto do ponto de vista dos avanços dos instrumentos arrecadatórios, quanto da distribuição dos recursos arrecadados. "Hoje, reconhecidamente, a aparelhagem de arrecadação do Brasil é bem melhor do que a de outros países".
"Apesar de o Brasil ter a carga tributária mais elevada entre os Brics, isso não significa que a estrutura seja pior. Mas também não é reflexo de crescimento, já que a Índia tem uma carga tributária menor e também tem apresentado taxas expressivas de crescimento"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tropa de Elite - Indicadores

A Revista Veja edição da semana de 10-11-2010, publicou um artigo de capa, sobre o filme Tropa de Elite 2.
Independente do filme em si, se bem dirigido, se bem atuado, comentários a esse respeito eu não tenho (é que ainda não consegui sala disponível para ver o filme, e a versão pirata confesso que não sou adepto), mas o que diz a revista que realmente chama a atenção e nisso eu acredito, é que o filme tem batido recordes de bilheteria, e anda prestes a se tornar o mais visto título brasileiro nas telonas.
Indicador notado pela revista, e comentado a respeito, é o fato de o Capitão Nascimento, agora Tenente-coronel, ser ovacionado em quase todas as seções do filme, e despontar como um exemplo a ser seguido. A revista exagera e menciona: PRIMEIRO HERÓI BRASILEIRO. Claro que a gente entende o sensacionalismo, porque afinal de contas a revista tem que vender, mas temos outros heróis em nossa história, por favor não vamos nos esquecer.
O fato marcante de tudo isso é o mais gritante, e o que me faz escrever para chamar a atenção: Falta gente honesta no nosso cotidiano. O povo está gritando nas suas entrelinhas: Precisamos de gente com MORAL, gente inflexível à corrupção, gente de conduta séria. Claro que o estereótipo citado é um homem público, e o vemos na Polícia, mas onde estão os capitães-nascimento da política, por exemplo? Por falar nisso, começou a dança das cadeiras no jogo do poder...PT x PMDB (quem venceu as eleições a gente já sabe, mas quem vai mandar mesmo é agora que vai ser decidido)!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Crackolândia Ou Zumbilândia

Confesso que ontem á noite, assisti ao "Profissão Repórter" estarrecido. Chocante foram as imagens, e tamanho o nível de comprometimento da equipe em mostrar como é a realidade dos frequentadores do local denominado de "crackolândia", no centro antigo da cidade de São Paulo, onde usuários de droga se reunem em grupos da ordem de mais de centena de pessoas para usarem drogas, à luz-do-dia!
Me pergunto: se todo mundo sabe, se a polícia entra e saí do local a todo momento, se até o jornalismo amador (por favor, amador aqui é totalmente sem qualquer interesse de desmerecer o trabalho realizado, mas não é o Globo Repórter e sim o veículo de estagiários de jornalismo da Globo) consegue mostrar o que se passa naquele inferno, porque nossas autoridades não fazem nada para dar um basta?
Deixe-me ver: ainda no mês passado, ouvi de profissionais da área social que "atualmente os códigos civis e estatuto da criança, juntamente com as varas de família, são geradores de trabalhos sociais realizados em conjunto, atuando ao mesmo tempo na base familiar, no contexto social, na ressociabilização do individuo". Será que alguém pode, por favor, fazer mais por aquelas pessoas? Falta dinheiro para isso? Parece que emprestamos algum no mês passado ou retrasado para o FMI, não foi?
Alarmante ainda, é dizer que eu, simples turista no atributo das minha profissão, comumente chamado de "viajante", vi com meus próprios olhos, situação semelhante em BH, em Brasília, em Goiãnia e em Salvador. E olha que eu viajei pouco!
Repito palavras já ditas anteriormente: precisamos de instituições fortes, bem-treinadas, bem-remuneradas e muito bem-motivadas para findar um absurdo como aquele da matéria do jornal de ontem.