sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Radar, criado para ser gargalo

No atual contexto de modernização apresentado pela Receita Federal, no âmbito do cumprimento do seu papel mais inerente e importante de sua filosofia de trabalho "prover recursos para o Estado e União...", criou-se o Radar: sistema de controle aduaneiro, criado para evitar fraudes no mercado internacional, e para permitir o controle das empresas do comércio internacional. Cá entre nós, melhorou, inegávelmente... quem se lembra ainda daqueles cartões de credenciamento impressos em papel cartolina, que tinham que ser reconhecido assinatura e levados à SRF para alteração ou inclusão de um Despachante Aduaneiro (de quem aliás ainda existe muito para falar) como representante legal no Siscomex, e simplesmente permitir que o tal profissional pudesse despachar em nome do importador? Pois é... hoje está melhor, sem dúvida.
O que não entendo, e quero frisar aqui é porque cargas d´água, ainda existe a necessidade de tanta documentação e perde-se tanto tempo analisando-se estes documentos? Será que num mundo moderno como o que vivemos não existe uma forma de tornar a obtenção de tal "autorização de importador e exportador" uma coisa automática? Por exemplo: é uma empresa idônea, declarante de seus impostos, pagante de seus impostos, está devidamente registrada nas juntas e órgãos necessários? Então pode operar no mercado internacional e pronto. Porque tantos documentos? Para ficarem parados na burocracia, criando vagas onde não se necessitam de profissionais? Falo isso, simplesmente pelas tres ou quatro DRF´s que conheço. Só nelas, umas vinte pessoas a menos poderiam ser necessárias, e esse pessoal poderia estar em diligencia fazendo mais pelo nosso país. Deixem as empresas que precisam operar internacionalmente ao crivo do sistema, e trabalhem na excessão da regra. Ó meros mortais...

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